Com mais um aniversário chegando, logo vem uma ideia na cabeça: " o que eu fiz até agora em minha vida, foi o bastante, será que conclui meus objetivos, será que ainda poderei concluir?" então começamos a correr mais do que nossas próprias pernas. Logo me vem na cabeça uma linda música de Raul seixas, onde ele deixa um poema, logo de entrada:
Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última
vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que
fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de
uÃsque,
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no
cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me
foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?
Não sou maluca pessoal, e nem cantando para a minha morte, como é o nome da música, mas ela consegue deixar claro a aflição sentida depois dos vinte anos, principalmente depois que você termina a faculdade e percebe que nada aconteceu ainda, é desesperador, eu sei, mas então, porque não começamos a pensar no que faremos no dia de hoje pra mudar essa realidade? Deixo abaixo um poema super conhecido sobre essa sÃndrome. Abraço a todos
Você começa a se dar conta de que seu cÃrculo de amigos é
menor do que há alguns anos. Dá-se conta de que é cada vez mais difÃcil vê-los
e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a)
etc. E cada vez desfruta mais dessa Cervejinha que serve como desculpa para
conversar um pouco.
As multidões já não são tão divertidas, às vezes até lhe
incomodam.
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram
verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoÃstas e
que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente
as melhores pessoas. Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais
dor. Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto e te
achou o maior infantil, pôde lhe fazer tanto mal. Parece que todos que você
conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa
muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez,
não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja
procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um
pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que
quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros
estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de
repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que
é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencÃvel,
outra...Apenas com medo e confuso.
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá
conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser
continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro...E
com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso,
você não queria estar competindo nela.
O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos
lendo esse texto nos identificamos com ele. Todos nós que temos vinte e tantos
e gostarÃamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Parece ser um lugar instável,
um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça...
Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não
temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos...Dizem que esses
tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tÃnhamos 16...
Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?"